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Por que a sua IA precisa sair da bolha?

  • November 28, 2025
  • 2 comentários
  • 25 Visualizações

CauAguiar

Oi, pessoal! 👋

 

A aula da Michele sobre o SmallTalks, teve um momento que ela exemplificou com o personagem "Seu Zé" que usava expressões como "bão" e "trem", que não estão em um dicionário formal mas são muitooo utilizados por uma grande parcela da população.

Quando a gente configura a SmallTalk para entender um "E aí, mermão?" ou um "Uai", a gente realmente tá contribuindo para fazer um Design Inclusivo. Todavia, hoje em dia, a maioria das IAs é treinada com dados "padrão" (muito texto formal da internet, principal fonte de treino), principalmente se for em uma IA estrangeira (maioria inglesa), o que faz com que elas tenham dificuldade real em entender dialetos e regionalismos.

A concentração da IA em poucas línguas gera injustiça epistemológica, ao excluir saberes de povos não hegemônicos, e provoca perda de soberania digital, criando dependência política e econômica de países e empresas que controlam essas tecnologias.

🔗 Um tema suuuper atual e esses dois artigos abaixo falam mais sobre como a falta de diversidade nos dados exclui pessoas: 

Abraços, Cauê 😅

2 comentários

Michelle Umbelino

Tópico super relevante Cauê!
Quando configuramos a SmallTalks para entender um 'Uai' ou um 'E aí, mermão?', estamos fazendo muito mais do que ajustar uma interface: estamos reivindicando inclusão, diversidade e soberania digital. É um gesto pequeno, mas que aponta para um futuro de IA mais plural e justo.!--endfragment>!--startfragment>


Dalton_Yamagishi
Blipper

CauAguiar, perfeito o ponto — e deixo aqui um complemento meio espinhoso, mas necessário: a gente, como designer, desenvolveu uma mania crônica de atender ao padrão da maioria sem nem perceber.

É quase automático: vermelho = erro, botão no canto direito porque “todo mundo é destro”, linguagem neutra “do jeito que o mercado faz”, e por aí vai. A gente replica padrões herdados como se fossem leis naturais — quando, na prática, muitas vezes são só atalhos preguiçosos que acabam excluindo pessoas que não estão nesse tal “padrão”.

Só que hoje não dá mais pra se esconder atrás disso.
Com os recursos atuais — inclusive IA — personalizar ficou mais acessível, mais barato e mais viável do que nunca. Não existe mais justificativa pra forçar todo mundo a se enquadrar no mesmo molde; dá pra adaptar a experiência às necessidades reais de cada pessoa, inclusive na linguagem.

Design inclusivo não é só um ideal bonito — é uma prática diária de desaprender o automático e questionar o óbvio. E SmallTalk é justamente um dos espaços mais potentes pra começar essa virada.

Boa discussão, meu caro