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No último Blip AMA, tive a oportunidade de compartilhar um tema que considero essencial para o futuro do atendimento digital: os contatos inteligentes. Durante o encontro, apresentei como essa abordagem transforma a relação entre empresas e clientes, trazendo eficiência, personalização e experiências realmente valiosas.

Mais do que conceitos, explorei exemplos práticos, frameworks de design e metodologias que aplico no dia a dia para criar bots que vão muito além de um simples canal de conversa. 

 

 

O que são os Contatos Inteligentes

Chamamos de Contatos Inteligentes aqueles que não apenas respondem perguntas, mas entregam valor real ao cliente. Eles entendem o contexto, antecipam necessidades, integram serviços e oferecem soluções de ponta a ponta.

 

 

Um Contato Inteligente deve ser capaz de:

  • Guiar o usuário de forma clara.
  • Resolver tarefas simples e complexas.
  • Aprender com interações passadas.
  • Escalar para atendimento humano quando necessário.
     

Ou seja, o foco é criar experiências completas, em que a tecnologia é ponte, e não barreira, para resolver o problema do usuário.

 

Como a Blip ajuda a criar os contatos inteligentes

Na Blip, estruturamos todo o processo de criação de contatos inteligentes com base em boas práticas de design, metodologias ágeis e integração tecnológica. A plataforma oferece os recursos necessários para que empresas construam experiências digitais escaláveis, sem perder a personalização.

 

 

Mais do que tecnologia, o diferencial está em aplicar uma mentalidade de design — é isso que garante que o bot realmente resolva dores do usuário, em vez de apenas reproduzir fluxos automáticos.

 

Design Thinking: o processo de design aplicável

Para estruturar o trabalho, utilizo o Design Thinking como base. Essa metodologia coloca a pessoa usuária no centro e permite mapear necessidades, dores e desejos, transformando-os em soluções práticas.

O processo é dividido em etapas bem definidas: empatia, definição, ideação, testes e desenvolvimento. Cada uma delas contribui para que o Contato Inteligente seja funcional, mas também humano.

 

Empatia

O ponto de partida é sempre a empatia. É nessa fase que investigamos profundamente o comportamento do usuário: quais são suas dores, tarefas, emoções e expectativas ao interagir com um contato digital.

 

Nessa etapa, aplico práticas como:

  • Jornada do usuário: mapear cada ação, reação e dor durante a interação.
  • Documentação: registrar descobertas para usar em etapas seguintes.
  • Proposta de valor preliminar: relacionar tarefas do usuário com potenciais entregas do negócio.

 

 Canvas de Proposta de Valor

 

💡 Exemplo prático: se o usuário precisa agendar uma consulta, já sabemos que ele também terá que pagar, se locomover até o local e, possivelmente, receber exames depois. Essa visão integrada abre caminho para pensar soluções completas.

 

Definição

Com base nas descobertas da empatia, avançamos para a definição. Aqui, priorizamos o que realmente deve ser construído na primeira versão do Contato Inteligente.

 

Utilizo ferramentas como:

  • Matriz de priorização: cruzando impacto e esforço de implementação.
  • Mapeamento de problemas e oportunidades: para não perder de vista objetivos de negócio e expectativas do usuário.
  • Definição de público e canais: qual segmento será atendido primeiro? Onde o bot estará disponível (WhatsApp, BlipChat, site)?
  • Guia de escrita e tom de voz: fundamental para garantir consistência e acessibilidade na comunicação.

 

 

Essa etapa transforma insights em decisões concretas, preparando o caminho para a criação.
 

Ideação

Na ideação, começamos a dar forma ao Contato Inteligente. É quando criamos fluxos, menus e pensamos na estrutura de interação.

 

 

Alguns pontos-chave:

  • Estrutura modular: uso de roteadores e sub-bots para organizar funcionalidades.
  • Tratamento de exceções: prever respostas para entradas inesperadas (imagens, áudios, links).
  • Cascata de validação: identificar o tipo de input recebido e tratá-lo adequadamente.
     

Essa visão garante que o bot não só funcione nos cenários ideais, mas também saiba lidar com situações fora do padrão, mantendo a experiência positiva.

 

Testes

Antes de lançar oficialmente, aplicamos a etapa de testes. Aqui, buscamos validar hipóteses, identificar gargalos e ajustar fluxos.

 

Algumas práticas que utilizo:

  • Testes internos em equipe.
  • Testes controlados com grupos de usuários reais.
  • Coleta de métricas iniciais (tempo de resposta, taxa de conclusão, satisfação).
     

Esse ciclo rápido de aprendizado reduz riscos e garante que a primeira versão entregue valor desde o início.

 

Desenvolvimento

Com hipóteses validadas, seguimos para o desenvolvimento contínuo. É aqui que o Contato Inteligente se consolida como solução viva e em evolução.

 

O processo inclui:

  • Construção de integrações técnicas (APIs, sistemas de pagamento, bancos de dados).
  • Implementação de melhorias priorizadas.
  • Monitoramento em tempo real e coleta de feedbacks.
     

O grande diferencial é encarar o bot como um produto digital em constante aprimoramento, e não como um projeto pontual.

 

Ciclo de desenvolvimento do Contato Inteligente

Para fechar, gosto sempre de reforçar que o trabalho não termina no lançamento.

 

O desenvolvimento de um Contato Inteligente é cíclico:

  1. Empatia para entender o usuário.
  2. Definição para priorizar entregas.
  3. Ideação para criar soluções.
  4. Testes para validar hipóteses.
  5. Desenvolvimento contínuo para evoluir.

Esse ciclo deve ser repetido constantemente, sempre guiado por dados e feedbacks. Assim, o contato se torna cada vez mais inteligente e alinhado às necessidades reais.

 

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